São Paulo tem mais de 500 cientistas entre os mais influentes do mundo, aponta ranking internacional

Classificação é Elaborada Anualmente Pela Editora Elsevier em Parceria com a Universidade de Stanford (EUA)

Publicado em 16/10/2023 | Texto: Josué de Moraes*      

Um recente estudo divulgado pela editora Elsevier em colaboração com a renomada Universidade de Stanford (EUA) trouxe à luz a notável contribuição dos pesquisadores do estado de São Paulo no palco científico global. De acordo com o ranking internacional publicado, uma impressionante quantidade de cientistas paulistas, muitos deles Membros Titulares da ACIESP, figura entre os pesquisadores mais influentes do mundo.

A edição de 2023 do “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators” foi publicada em 4 de outubro, apresentando um total de 1.294 pesquisadores brasileiros, dos quais 528 (40,8%) representam instituições paulistas. Dentre esses pesquisadores, 482 estão ligados a universidades, estabelecendo uma base sólida para a produção científica. Nas instituições públicas, a liderança se destaca, com 244 pesquisadores na Universidade de São Paulo (USP), 89 na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 67 na Universidade Estadual Paulista (UNESP), 26 na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 16 na Universidade Federal do ABC (UFABC) e 12 na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O cenário diversificado também se estende a instituições privadas, onde a Universidade Guarulhos (UNG) se destaca com 6 pesquisadores, enquanto a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) contam com 4 acadêmicos cada. Nos Institutos de Pesquisa, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) destacam, apresentando 6 e 3 pesquisadores respectivamente. No âmbito hospitalar, o Hospital Sírio-Libanês (HSL) e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HOC) lideram com 4 cientistas cada, seguidos pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), com 3 pesquisadores cada.

Imagem: Arte/ACIESP

* Número de Pesquisadores de São Paulo em Destaque no Estudo Internacional. Os dados, distribuídos por instituição, foram obtidos do estudo divulgado pela editora Elsevier em colaboração com a Universidade de Stanford (EUA). O gráfico apresenta as instituições que contaram com pelo menos dois cientistas mencionados no estudo. Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade Federal do ABC (UFABC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Guarulhos (UNG), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Universidade Cidade de São Paulo (UNICID),  Hospital Sírio-Libanês (HSL) e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HOC), Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Universidade de Sorocaba (UNISO), Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), A.C.Camargo Cancer Center (ACCamargo).

Adriano D. Andricopulo, presidente da ACIESP, enfatizou o protagonismo do estado no contexto científico brasileiro. “Esses números evidenciam a grande importância de São Paulo para o avanço da ciência e para o bem-estar global”, afirmou Andricopulo.  Apesar do entusiasmo, o presidente da instituição fez observações críticas: “O Brasil poderia ter um contingente maior de pesquisadores no ranking se o país realmente priorizasse educação e ciência”, comentou Andricopulo. Essa observação destaca não apenas as conquistas atuais, mas também aponta para o potencial ainda maior do país quando investe de forma significativa em pesquisa científica.

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O ranking, compilado anualmente pelo professor John P. A. Ioannidis e pesquisadores da Universidade Stanford (EUA), avalia a influência dos cientistas por meio de registros do Scopus, um dos maiores bancos de dados mundiais de resumos e citações científicas. A metodologia complexa, baseada em seis parâmetros, resulta em uma lista dos 100.000 melhores cientistas com maior pontuação em várias subáreas de conhecimento.

Esses resultados destacam não apenas as conquistas atuais, mas também ressaltam o potencial inexplorado de São Paulo e do Brasil na pesquisa científica global. Para acessar a lista completa dos pesquisadores brasileiros mais influentes em 2022, clique aqui. É um testemunho do compromisso incessante de São Paulo com a excelência na ciência, moldando um futuro brilhante para a pesquisa no país.

*Josué de Moraes é Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas da Universidade Guarulhos e Diretor-Executivo da ACIESP.   

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