Desafios do CNPq: Diálogo com o Presidente Ricardo Galvão

Publicado em 17/06/2024 | Texto: Marie-Anne Van Sluys* | Edição: Josué de Moraes

No dia 28 de maio, o Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (NEA-IOC) coordenou um debate com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, e pesquisadores membros titulares e afiliados da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), além do presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPG). A organização e coordenação do evento foram conduzidas por Renato Cordeiro, do NEA-IOC.xd

Após uma apresentação de cerca de 50 minutos, Galvão, que também é membro titular da ACIESP, destacou as conquistas realizadas no primeiro ano de sua gestão à frente de uma das mais importantes instituições de fomento à pesquisa do país. Entre as realizações, ele enfatizou a organização de três bases de dados abertas para consulta sobre a comunidade científica instalada no país (1), incluindo o painel de fomento no país, que discrimina o investimento oriundo do orçamento do CNPq e outras fontes transferidas para a agência (2), e o mapa de fomento e cooperação nacional e internacional (3).

O presidente do CNPq também ressaltou a retomada do edital Universal, as parcerias com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e o investimento previsto para estimular o retorno de jovens pesquisadores que estão no exterior, bem como a formação de uma rede com a diáspora científica.

Os debatedores Samuel Goldenberg, Rosana Onocko-Campos, Patrícia Torres Bozza, Thaiane Moreira de Oliveira, Vinicius Soares e Marie-Anne Van Sluys reconheceram e parabenizaram o esforço de reconstrução da ciência nacional. Eles questionaram o convidado sobre a importância de preservar a missão fundamental do CNPq, que é o fomento da pesquisa em todas as áreas. Houve destaque para a importância da pesquisa básica como ação fundamental para a sustentabilidade e autonomia da nação, além da formação de jovens através do programa de Iniciação Científica, uma marca nacional de investimento e estímulo à vocação de pesquisador.

Os grandes desafios associados à divulgação científica e à ciência aberta incentivaram a proposta de um novo ciclo de discussão futura. Para assistir ao debate na íntegra, acesse o link no YouTube.

Ficou claro durante o debate que a ciência é uma operação complexa que depende da coordenação e esforços de vários atores, cujas atividades contribuem conjuntamente para o desenvolvimento nacional através de descobertas científicas, aplicação e inovação do conhecimento e também a formação de recursos humanos.

(1) http://bi.cnpq.br/painel/formacao-atuacao-lattes/

(2) http://bi.cnpq.br/painel/fomento-cti/

(3) http://www.bi.cnpq.br/painel/mapa-fomento-cti/

* Marie-Anne Van Sluys é professora titular do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo e vice-presidente da ACIESP.

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